Presentes de Natal 2014

Espero que o Natal de vocês tenha sido bacana. O meu foi tranquilo, do jeitinho que gosto (^_^). Conversei com meu marido, enchi o bucho de onigiri e chá gelado de frutas vermelhas (*¬*), brinquei com a Sushi até perder o folego e finalizei a noite assistindo um filme de terror francês que começou bem e terminou… Na verdade não entendi o final. Depois assisti meu amado Vidas ao Vento ♥. Enfim, aqui as maravilhas que ganhei neste Natal:

Do T. ~ Alabardas, alabardas, espingardas, espingardas – José Saramago:

Natal 2014_T-Marido

Em uma manhã ensolarada e preguiçosa, meu marido-lindo chega com uma surpresa, à obra inacabada de um dos meus autores favoritos: Alabardas, alabardas, espingardas, espingardas, de José Saramago ♥. Fiquei tão feliz! (^_^) Estava muito curiosa para ler este livro. Obrigada, meu amor! ;*

Dos meus pais ~ O Livro do Travesseiro – Sei Shônagon:

Natal 2014_Pais

Com o dinheiro que ganhei dos meus pais, antes deles viajarem e deixarem a Sushi comigo, escolhi um livro que desejava muito desde o lançamento. E por sorte ele estava em promoção. Deu bem certinho! (^_^v). O tal livro é O Livro do Travesseiro, de Sei Shônagon ♥. Obrigada, mãe e pai! (^_^)

Da R. e do R. ~ As Sombras de Longbourn – Jo Baker:

Natal 2014_R&R

A R. e o R. me presentearam com o livro As Sombras de Longbourn, de Jo Baker. Fiquei surpresa com o presente, pois eu estava falando um dia desses com meu marido sobre este romance. Obrigada! (^_^) Adorei a surpresa! ♥

Ainda da R. ~ Mimos:

Mimos_R-Amiga

Minha amiga-linda foi a São Paulo e trouxe essas coisas mimosas de lembrança para mim (*o*): pasta do Rilakkuma, marcadores de origami e da Sailor Moon, balinha, Koala’s March sabor chocolate (*¬*) e cartões. Adorei os mimos!

O cartão do Thorin tem uma historinha engraçada. Como sou apaixonada pelo Richard Armitage em North & South, falei frescando que se ela cruza-se com ele na Comic Con Experience que o agarrasse por mim e pegasse o autógrafo, rs. Lembrando-se disso a R. trouxe o cartão (*fofa*).

Da Maura (Amigo Secreto) ~ Caixa recheada de presentes e mimos:

Natal 2014_Maura_Amigo Secreto

Quem me tirou no amigo secreto foi a Maurinha ♥. Dentro desta caixa rosa fashion veio: guardados na case verde fofa os livros Profissões para mulheres e outros artigos feministas (Virginia Woolf) e Os Livros que Devoraram Meu Pai (Afonso Cruz) [OBS.: antes de acontecer o amigo secreto, a Maura havia prometido que me presentearia com estes livros, mas coincidentemente ela me tirou (>_<)]; o livro de presente do amigo secreto 2083 (Vicente Muñoz Puelles), dentro desta case ultra-fofa *ah, ambas as cases foram confeccionadas por ela. Ficaram tão cute!*; na parte dos mimos ela recheou com marcadores, canetas, lápis, caneta marca texto, borracha, post it básico e outro com estampa de florzinha (*OWN!*), dois bloquinhos e borrachinhas Made in Japan em formato de caixa de leite (*OWN!*); e para fechar com chave de ouro ela incluiu o DVD do meu amado Vidas ao Vento (\*0*/).

Não imaginava que fosse ganhar tanta coisa maravilhosa! Fui surpreendida e fiquei muito feliz com todo o cuidado. Maura, também quero te conhecer pessoalmente (^_^). Obrigada, lindona!

●••●

Para concluir o post em grande estilo, a Sushi deseja a todos vocês um ótimo período de comilança (^_~).

FELIZ 2015! FELIZ COMILANÇA!

Meu Zeus! (*o*) Que linda-fofa! (*o*)

Vidas ao Vento, a última viagem de Hayao Miyazaki

Vidas ao Vento - Hayao MiyazakiAdoro ir ao cinema e ir ao cinema assistir uma obra-prima do Hayao Miyazaki é sorriso garantido até para quem vai trabalhar no Carnaval. As animações do Studio Ghibli têm esse poder de nos deixar mais leve (com exceção de O Túmulo dos Vagalumes). Assisti Vidas ao Vento na estreia (28 de fevereiro) e outra vez hoje. E que animação perfeita! Meu coração saltitou de felicidade do começo ao fim \(*o*)/.

Vidas ao Vento conta a história de Jiro Horikoshi (1903 ~ 1982), o famoso criador do avião de combate Zero. Desde a infância o garotinho míope sonha em trabalhar com aviões, de projetar a mais bela máquina que desafia a gravidade. Ele admira o engenheiro aeronáutico Giovanni Caproni, e em seus devaneios encontra-se com o italiano, compartilhando sua paixão pela aviação e ouvindo atentamente os ensinamentos do mentor. Graças a sua dedicação, Horikoshi torna-se um dos jovens engenheiros mais talentosos da indústria aeronáutica japonesa.

Na sua mudança para Tóquio, com o objetivo de estudar engenharia, ele conhece Naoko Satomi. O primeiro grande diálogo que o jovem casal troca é um verso do poema Le Cimetière Marin (O Cemitério Marinho) do poeta francês Paul Valéry: “Le vent se lève! . . . il faut tenter de vivre!” (algo como: O vento erga-se!… devemos tentar viver!). Esse trecho tem um papel de forte impacto na narrativa e resume bem a trajetória de Jiro (e creio que também do diretor japonês).

Outra obra comentada é A Montanha Mágica, de Thomas Mann. O romance é citado por Castorp, um personagem alemão preocupado com o expansionismo nazista, que está hospedado no mesmo hotel (localizado na montanha) em que Jiro e os Satomi estão. Fiquei curiosa para ler o clássico e entender a referência, mas deu para perceber o contexto.

Em outra cena anterior, quando o personagem histórico está em reunião com seus superiores em um café estilo ocidental, toca um trecho de uma das minhas músicas preferida, Zigeunerweisen (Gypsy Airs), Op. 20, do compositor Pablo de Sarasate. Sou ignorante no assunto música clássica, mas como amo essa melodia a reconheci imediatamente (^_^v).

Um ponto incrível de Vidas ao Vento é a riqueza histórica. Nenhuma das obras anteriores de Hayao Miyazaki tem essa carga realista. Passamos por um Japão dos anos de 1920 a 1930, que inclui acontecimentos como o grande terremoto de Kanto em 1923, um Japão em recessão, pobre e atrasado em tecnologia, ou seja, ainda marcado pelas consequências da crise econômica de 1929 e as tensões do pré-guerra. Não posso deixar de destacar o avião que Horikoshi projetou: o famoso Mitsubishi Zero (veloz e mortal), que foi uma das máquinas japonesas mais importantes na II Guerra Mundial. Por causa do infeliz uso de sua criação, Jiro recusa a realidade e se sente culpado. Em um de seus sonhos com Caproni, o italiano diz que os aviões são invenções maravilhosas, mas que carregam a desgraça, porque podem ser usados como armas devastadoras. Lembrei imediatamente de Santos Dumont. Realmente é triste ver sua paixão ser usado para prejudicar seres humanos.

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Miyazaki adicionou na história do engenheiro a relação bela e madura com Naoko. A trama do casal foi baseada na novela de Tatsuo Hori, intitulada Kaze Tachinu, onde ele relata a relação de um jovem escritor com a esposa doente. Também existe uma antologia em mangá (de 2 capítulos) criada por Hayao, intitulada também Kaze Tachinu, publicada somente no Japão pela revista Model Graphix, que é outra fonte do filme. Enfim, Naoko e Jiro são tão palpáveis que comove. A troca carinhosa de olhares, os gestos, os diálogos são de um casal que se ama e que se sente confortável um com o outro. Ela deu um toque muito bonito e inspirador na narrativa.

Sobre a animação só tenho a dizer que está impecável. Animação tradicional é muito amor (*_*). A dublagem japonesa também está excelente e amei a voz do protagonista e de sua parceira. O versátil Hideaki Anno tem uma voz tão tranquila, impar e elegante. Acho que combinou perfeitamente com a personalidade do Jiro. Já Miori Takimoto que empresta sua voz a Naoko, tem uma voz doce, mas firme.

Marcando novamente presença, Joe Hisaishi ficou a cargo da trilha sonora. As músicas de fundo têm um tom calmo, lírico, acolhedor e principalmente melancólico. Como sempre Hisaishi fez um excelente trabalho! E a música tema Hikoukigumo, cantada por Yumi Arai / Yumi Matsutoya (ela também cantou a música tema de O Serviço de Entregas da Kiki), é perfeita *essa canção foi amor à primeira vista*.

A construção da história de Jiro, com seus elementos não ficcionais e ficcionais, enriquece a trama abordando questões amplas e transmite os sonhos e sentimentos profundos do personagem / criador. É uma obra extremante comovente!

O vento sopra forte nos momentos finais e além das várias mensagens bonitas e tristes que é passada, a uma emoção dupla, uma mensagem de adeus entre as entrelinhas, uma mensagem de agradecimento aos que acompanharam com afinco os trabalhos do Studio Ghibli, os trabalhos fantásticos e atemporais do grande Hayao Miyazaki. Digo isso, pois o “Obrigado!” tão cheio de sentimento de Jiro me passou a sensação de que o diretor estava agradecendo diretamente aos fãs. Posso estar com meus sentimos aflorados, mas a mensagem está bem clara para mim. A despedida sensível de Hayao-san foi cheia de ternura.

Hayao Miyazaki, muito obrigada pelos sonhos primorosos!

どうもありがとう (^-^)ノ

Vidas ao Vento ~ Data de estreia anunciada!

Vidas-ao-Vento_Cinema_California-Filmes

(Clique na Imagem para Ampliar)

O primeiro post de 2014 no Lulunettes foi compartilhando algumas novidades do Studio Ghibli. Uma das notícias comentava sobre a vinda de Vidas ao Vento ao Brasil. Fiquei extremamente feliz, mas lá no fundo eu tinha certa desconfiança que a boa nova pudesse ser esquecida no limbo *cá entre nós, só vou acreditar quando estiver na sala do cinema (>_<)*. Acredito que a indicação ao Oscar concorrendo à melhor filme de animação tenha ajudado a trazer Kaze Tachinu para cá. Eu não creio que a obra de Hayao Miyazaki ganhe o prêmio, pois acho o Oscar duvidoso (prêmio americano para premiar filmes americanos). Enfim, a data de estreia foi anunciada pela distribuidora Califórnia Filmes para 28 de fevereiro de 2014. Torço para que estreie em todo o Brasil (Vento venha ao litoral *piada interna*). E sim, já estou contanto os dias \( ̄︶ ̄)>.

Antes de ir, dá uma olhadinha no trailer legendado em português:

“Que o vento carregue essas asas até você.” (Jiro Horikoshi)